Evolução

quarta-feira, setembro 28, 2005
"Não há amor como o primeiro". FALSO! Acho que não há amor como o primeiro, como o segundo, o terceiro, ou qualquer outro. Crescemos e a nossa noção de amor modifica-se a cada nova paixão e a cada final de uma.

Vivemos o pico da felicidade quando estamos com a pessoa que amamos, e o fundo do sofrimento quando a perdemos, e é assim todas as vezes. Não somos mais felizes nem mais miseráveis de uma relação para outra, somos sempre e em cada uma o mais felizes e o mais miseráveis, porque ainda não evoluimos, ainda não saltámos para o patamar seguinte, então como podemos afirmar depois, que não doeu tanto ou que nunca fui tão feliz? Pior, afirmamos que nunca vamos ser tão felizes, mas a verdade é que em cada uma dessas relações afirmamos isso, da primeira à última.

Temos tendência a esquecer, não os momentos, os bons e os maus, mas o que sentimos na altura em que eles aconteceram, se conseguirmos fazer o exercício, verificamos que nos sentimos exactamente da mesma forma em todos os altos e baixos de todas as relações, porque não tínhamos ponto de comparação. Tudo faz parte da nossa vida e, se nos esquecemos disso, então é porque saltámos para o patamar seguinte com a tendência natural de esquecer o que nos fez saltar.

Amamos e sofremos com a mesma intensidade em cada relação, os padrões é que mudam.
Crescemos, nada mais...

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