O Meu Mundo
O meu mundo começa a ganhar forma, as esquinas são mais rectas e mais transparentes, quase posso adivinhar quem vem lá, o que me espera, ou talvez só se tem força suficiente para me derrubar. Os prédios são mais altos e os elevadores junto à porta, um porteiro fardado na parte da frente para me dar as boas vindas e nu nas costas para que possa entrar já com um sorriso.
O autocarro sempre a horas deixa-me no sítio certo e fiz a viagem ao lado de uma criança que brincava com os dedos ao invés do habitual sovaco mal cheiroso. As bostas de cão estão todas no passeio do outro lado, os sinais estão todos verdes, toda a gente pára na passadeira.
O meu mundo começa a ganhar forma.
O chiar de um carro chama-me à atenção para o sinal vermelho, para a bosta no meu sapato e para o autocarro a ir embora.
O meu mundo começa a ganhar forma, é melhor andar de devagar para me habituar.
O autocarro sempre a horas deixa-me no sítio certo e fiz a viagem ao lado de uma criança que brincava com os dedos ao invés do habitual sovaco mal cheiroso. As bostas de cão estão todas no passeio do outro lado, os sinais estão todos verdes, toda a gente pára na passadeira.
O meu mundo começa a ganhar forma.
O chiar de um carro chama-me à atenção para o sinal vermelho, para a bosta no meu sapato e para o autocarro a ir embora.
O meu mundo começa a ganhar forma, é melhor andar de devagar para me habituar.