Valsinha - Vinicius de Moraes / Chico Buarque
Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar
Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vízinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou
E foram tantos beijos loucos Tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu E o dia amanheceu em paz
Sou melhor hoje!
sábado, janeiro 14, 2006
Desejaram-me um 2006 sem saudade de 2005. Fiquei a pensar... Será que 2005 não deixou saudade?
Deixou, ele, ao contrário de outros, deixou lembranças. Deixou a lembrança de que estive apaixonado, porque estive prestes a mudar a minha vida por algo em que ainda hoje acredito. Deixou a lembrança de que neste ano que passou, tive, ainda que por um curto período de tempo, vontade de fazer algo mais com a minha vida. Valeu por isso e pela riqueza de experiências.
Saudade... Acho que não deixa, mas vou recordar este ano pra sempre: O ano em que me senti capaz de mudar o mundo, trocar os hemisférios e ao mesmo tempo uni-los, por a terra a girar à volta da lua. Ficará pra mim como o ano da força e da falta dela, um ano de contradições e das mais efémeras certezas. Fui David e fui Golias num só ano.
Cresci, vivi e acrescentei tanta coisa à minha vida num só ano, que me faz pensar se valeu a pena... Valeu, apesar de tudo valeu... mas não deixa saudade...
Por isso, quando me desejaram um 2006 sem saudade de 2005, depois de reflectir, sei que sou melhor agora, mas foi um ano que não deixou saudade, porque temos saudade das coisas boas, mas não precisamos delas pra evoluir.
Crescemos com o bom e com o mau... Pode não deixar saudade, mas nunca devemos dizer "foi um ano pra esquecer"
Deixou-me a memória de muitas coisas que me mudaram, e transformaram o meu ser para sempre.
Hoje sou diferente do que era em 2004, e nada mais espero de 2006... que me tranforme e me marque... Apenas pra ser melhor...
Saudade não deixou, mas marcou tanto como um chicote nas costas que nos torna mais fortes...
Deixou, ele, ao contrário de outros, deixou lembranças. Deixou a lembrança de que estive apaixonado, porque estive prestes a mudar a minha vida por algo em que ainda hoje acredito. Deixou a lembrança de que neste ano que passou, tive, ainda que por um curto período de tempo, vontade de fazer algo mais com a minha vida. Valeu por isso e pela riqueza de experiências.
Saudade... Acho que não deixa, mas vou recordar este ano pra sempre: O ano em que me senti capaz de mudar o mundo, trocar os hemisférios e ao mesmo tempo uni-los, por a terra a girar à volta da lua. Ficará pra mim como o ano da força e da falta dela, um ano de contradições e das mais efémeras certezas. Fui David e fui Golias num só ano.
Cresci, vivi e acrescentei tanta coisa à minha vida num só ano, que me faz pensar se valeu a pena... Valeu, apesar de tudo valeu... mas não deixa saudade...
Por isso, quando me desejaram um 2006 sem saudade de 2005, depois de reflectir, sei que sou melhor agora, mas foi um ano que não deixou saudade, porque temos saudade das coisas boas, mas não precisamos delas pra evoluir.
Crescemos com o bom e com o mau... Pode não deixar saudade, mas nunca devemos dizer "foi um ano pra esquecer"
Deixou-me a memória de muitas coisas que me mudaram, e transformaram o meu ser para sempre.
Hoje sou diferente do que era em 2004, e nada mais espero de 2006... que me tranforme e me marque... Apenas pra ser melhor...
Saudade não deixou, mas marcou tanto como um chicote nas costas que nos torna mais fortes...