Chego ao café cedo, não está ninguém que conheça, tomo café, calmamente, na secreta esperança que apareça alguém que me faça companhia. Parece triste ir ao café sozinho, mas é a melhor maneira de socializar. É bom encontrar pessoas que só nos conhecem de vista e que nos convidam para sentar, conhecemos pessoas interessantes, mesmo que sejam as pessoas mais desinteressantes do mundo.
São raras as pessoas que não têm rigorosamente nada de novo a oferecer. Existem, mas é um tremendo azar encontrá-las numa noite que esperas passar sozinho. Conhecemos de tudo, desde os chicos-espertos que acham que são experts em tudo, desde o curling ao estado económico e social do Bangladesh, até aqueles que não sabem nada além do que exercem ( e mesmo assim...).
Mas encontramos sempre alguém que nos ensina qualquer coisa, e nesse momento não damos a noite como perdida, mesmo que tenho sido a mulher da limpeza do prédio ao lado a dizer-nos que o amoniacal não funciona como a lixívia quando lavamos a casa de banho. Aprendemos sempre, mesmo que seja a não aturar o mesmo gajo amanhã.
São raras as pessoas que não têm rigorosamente nada de novo a oferecer. Existem, mas é um tremendo azar encontrá-las numa noite que esperas passar sozinho. Conhecemos de tudo, desde os chicos-espertos que acham que são experts em tudo, desde o curling ao estado económico e social do Bangladesh, até aqueles que não sabem nada além do que exercem ( e mesmo assim...).
Mas encontramos sempre alguém que nos ensina qualquer coisa, e nesse momento não damos a noite como perdida, mesmo que tenho sido a mulher da limpeza do prédio ao lado a dizer-nos que o amoniacal não funciona como a lixívia quando lavamos a casa de banho. Aprendemos sempre, mesmo que seja a não aturar o mesmo gajo amanhã.
Normalmente corremos o risco de encontrar pessoas, que, como nós, são interessantes à sua maneira. Não espero que toda a gente me ache interessante, como não espero que toda a gente seja interessante do modo que eu gostaria, mas é preciso aproveitar o que nos é dado, não pagamos, não temos o compromisso de aprender, mas é bom saber que há pessoas interessantes de ângulos que normalmente não olhamos.
Ir ao café não é tão inútil como se pensa, aprende-se mais do que no seminário de " Como fazer política no pós 25 de Abril."
Tem um senão, não dá para ganha-pão ( e ainda bem, senão o Santana Lopes ainda chegava a Primeiro Ministro), mas dá para crescermos como pessoas.
Todos temos a aprender com uma ida ao café sozinhos, mesmo que não conheçamos ninguém, saber observar já ajuda.
Chego ao café cedo, não está ninguém que conheça, tomo café, calmamente, na secreta esperança que apareça alguém que me faça companhia, e aparece sempre alguém que valha a pena ganhar alguns minutos a conversar.